Curiosidades

Cultura gastronômica: entenda a relação entre culinária e história!

A cultura gastronômica invariavelmente se mistura à história e aos hábitos de um estado. Baseado nos costumes da população é que vão se formando os gostos e preferências por determinados sabores e temperos.

Em algumas regiões, as atividades agropecuárias ditam as regras para a produção de iguarias típicas. Já em outras, é o clima o grande responsável pelos pratos oferecidos em bares e restaurantes das cidades.

O objetivo deste post é mostrar a importância da culinária para a memória histórica das regiões e enfatizar a cultura gastronômica de Minas Gerais — um estado com culinária diversificada, que vale a pena ser degustada! Bom apetite!

Culinária e História: a união de duas paixões

Culturalmente, quem gosta de viajar, faz questão de conhecer a história e a gastronomia do local visitado. Há quem faça, inclusive, turismo gastronômico, para descobrir na comida local, os traços da história marcados através do tempo.

Alguns aspectos como modo de preparo, equipamento utilizado e ingredientes da receita atravessam gerações se perpetuando como segredo de família. É comum ver a tradição sendo contada em causos das rodas de prosa ou nas festas populares.

A cultura gastronômica nas regiões

O Brasil é um país multicultural em função da imigração de grupos formados por alemães, portugueses, italianos, espanhóis e japoneses. Com isso, a culinária local sofreu variações e interferências trazidas de outras culturas.

Em todas as regiões, a cultura gastronômica tem um forte apelo comercial e possibilita a todos uma experiência fantástica e enriquecedora. Veja agora algumas características!

Sul

O Sul do país tem um clima frio, europeu e a culinária oferece pratos quentes — polentas, churrascos, massas, arroz carreteiro — acompanhados de um bom vinho ou de bebidas típicas, que variam de acordo com o estado.

A origem e os costumes da Europa se fundem à região sulina, o que faz com que a cultura de diversos países se misturem à brasileira, com reflexos na culinária e no modo de vida das pessoas.

Sudeste

No Sudeste a culinária é vasta e cada estado oferece uma riqueza gastronômica de encher os olhos e aguçar o apetite. No Espírito Santo, por exemplo, a moqueca capixaba é carro-chefe do estado e agrada a todos, desde a população local, até os visitantes.

Pratos como feijão-tropeiro, feijoada, tutu de feijão, frango com quiabo e angu, fígado de boi com jiló enriquecem a cultura gastronômica em Minas Gerais. O tempero diferenciado e as diversas receitas produzidas em fogão de lenha, dão um toque especial ao cardápio da cozinha mineira.

O ciclo do ouro foi responsável por atrair interesses de todas as partes do país. Com a possibilidade iminente de riqueza, os tropeiros do Sul, os bandeirantes paulistas, os trabalhadores do Nordeste e do Norte chegaram a Minas em busca de oportunidades.

As longas viagens e o tempo dedicado à extração, estimulou o preparo de comidas fortes e com influência de vários lugares, por isso, a culinária mineira é uma das mais dinâmicas e abrangentes.

Centro-oeste

Já no Centro-oeste, o pequi, uma fruta nativa do cerrado brasileiro é cozida no arroz produzindo um prado de gosto e aroma fortes. Compõem o cardápio da região, receitas como tutu com linguiça, peixe pacu assado, guariroba (uma espécie de palmeira muito utilizada em empadões), galinha caipira.

Nordeste

O Nordeste tem uma culinária bem condimentada e forte — baião-de-dois, buchada de bode, vatapá, acarajé, bobó de camarão, arroz de coco, tapioca, cuscuz, carne-de-sol, sarapatel, são as preferências dos estados da região como uma herança dos tempos do cangaço.

Norte

A cultura indígena é predominante na culinária do Norte. Muitos pratos são produzidos à base de peixe e outros animais de caça. O complemento fica por conta de iguarias como milho, mandioca, farinha de peixe, farinha seca, açaí, cupuaçu, guaraná em pó, castanhas.

Há uma infinidade de descrições para a cultura gastronômica que podem ser atribuídas às regiões brasileiras. Cada uma delas, com suas histórias possibilita uma vivência peculiar que permite traçar um paralelo entre o passado, o presente e o futuro regional.

Se você curtiu este post e gosta de apreciar as delícias culinárias durante as suas viagens que tal conferir nossas 4 dicas para aproveitar a gastronomia e ampliar o conhecimento histórico?

Sobre o autor

Elias Guimarães Borges

Administrador do hotel mais antigo do Brasil, o Grand Hotel Pocinhos. Ele foi inaugurado em 1886 em Caldas/MG e cem anos depois, 1986, Elias Guimarães Borges adquiriu, revitalizou e transformou em um hotel charmoso, romântico e ideal para viver experiências incríveis!

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